PUBLICIDADE

Taleban assume atentado contra ONU no Paquistão

Prédio do Programa de Alimentos foi alvo porque organização não atende interesses dos muçulmanos, diz grupo

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Militantes do Taleban reivindicaram nesta terça-feira, 6, um atentado suicida contra um prédio da ONU em Islamabad. O grupo afirma que atacou o edifício do Programa Mundial de Alimentos da ONU na segunda-feira porque o trabalho internacional de ajuda no Paquistão não atendia "ao interesse dos muçulmanos".

 

PUBLICIDADE

O ataque deixou cinco trabalhadores mortos e levou a ONU a fechar temporariamente seus escritórios no país. Também demonstrou a vulnerabilidade das agências de auxílio internacionais, que ajudam milhões de paquistaneses pobres.

 

O ministro de Interior Rehman Malik afirmou que o Taleban realizou a ação para vingar a morte do líder do grupo no país, Baitullah Mehsud, em um ataque em agosto realizado pelos Estados Unidos. Segundo ele, deve haver mais atentados do tipo.

 

"Nós orgulhosamente reivindicamos responsabilidade pelo ataque suicida no escritório da ONU em Islamabad. Enviaremos mais suicidas para tais ataques", afirmou um porta-voz do grupo, por telefone. "A ONU e outros estrangeiros não estão trabalhando para o interesse dos muçulmanos. Nós estamos monitorando as atividades deles. Eles são infieis", afirmou ele. Segundo o porta-voz, entidades humanitárias muçulmanas não serão alvos.

 

Um porta-voz do Programa Mundial de Alimentos afirmou que a agência é "totalmente humanitária". O primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani disse que os mortos no ataque estavam servindo a "uma causa nobre". Do total de civis atendidos, 2 milhões são refugiados internos que dependem exclusivamente dos alimentos doados pela ONU.

 

O ataque foi o mais recente numa série de atentados do Taleban que, nos últimos anos, fez de hotéis e restaurantes alvos do terrorismo. Em setembro do ano passado, um caminhão carregado com explosivos foi lançado contra o Hotel Marriott matando 52 pessoas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.