Taleban ataca complexo da ONU em Cabul

Explosões são seguidas por intensa troca de tiros; 1 soldado morreu e 10 ficaram feridos

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Por CABUL
Atualização:

Militantes do Taleban lançaram ontem um ataque de grande escala contra um complexo da ONU no centro de Cabul, desencadeando explosões e 5 horas de combates contra as forças de segurança. Uma coluna de fumaça pairava sobre o centro da cidade após o ataque, ocorrido oito dias após seis americanos e nove afegãos terem sido mortos na explosão de um carro-bomba em Cabul. A primeira explosão ocorreu no bairro de Shahr-e-Naw, nas proximidades de um complexo da ONU e da sede da Força de Proteção Pública Afegã, uma agência do governo que dá segurança armada para organizações e empreiteiros estrangeiros. A polícia isolou a área enquanto a população fugia para um parque próximo. Outras duas fortes explosões foram ouvidas em seguida e a troca de tiros avançou pela tarde. Autoridades locais informaram que pelo menos um policial afegão morreu e dez ficaram feridas durante o ataque. "Como resultado do ataque, quatro funcionários da ONU ficaram feridos", disse o porta-voz da organização, Eduardo del Buey, em Nova York.Combates. O Taleban assumiu a autoria da ação. O porta-voz do grupo insurgente, Zabihullah Mujahid, disse que o carro-bomba atingiu o que ele afirmou ser um "edifício usado pela CIA".De acordo com o porta-voz, os militantes entraram no prédio e trocaram tiros com forças de segurança afegãs, apoiadas por tropas especiais norueguesas. Sexta-feira não é dia útil no Afeganistão e a maior parte dos escritórios governamentais está fechada.Um funcionário da agência de espionagem afegã, a Direção Nacional de Segurança, disse que a primeira explosão quebrou as janelas de um hospital nas proximidades.A mais recente onda de violência atinge Cabul uma semana depois de um ataque suicida, cujo alvo era um comboio militar estrangeiro, matar 16 pessoas, entre elas 6 cidadãos americanos. Segundo o grupo insurgente Hezb-e-Islami, que assumiu a autoria do ataque, a ação foi uma reação à recente oferta do presidente afegão, Hamid Karzai, de colocar à disposição dos EUA algumas bases no país. / REUTERS, AFP e AP

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