22 de novembro de 2012 | 10h02
O oficial da polícia Haseeb Shah disse que os agentes de segurança tentaram parar e revistar o homem-bomba antes de ele se infiltrar na procissão e detonar os explosivos.
A rede de televisão local registrou cenas que se sucederam após o ataque, com os xiitas batendo nas próprias cabeças e peitos em um sentimento de angústia. "Era como se o mundo estivesse acabando", disse uma das vítimas, Nasir Shah, descrevendo a explosão. Ele foi tratado em um hospital da região com ferimentos nas mãos e pernas.
Ontem, o Taleban acionou duas bombas perto de um mosteiro xiita na cidade de Karachi, matando uma pessoa e ferindo outras 15.
O porta-voz do Taleban paquistanês, Ahsanullah Ahsan, assumiu a responsabilidade pelos ataques em Rawalpindi e Karachi. "Nós temos uma guerra de crenças contra os xiitas", disse Ahsan à Associated Press por telefone. "Eles são blasfemadores. Nós vamos continuar a atacá-los".
O cisma entre sunitas e xiitas sobre o verdadeiro herdeiro do profeta Maomé vem desde o século VII. Os xiitas estão participando do mês sagrado de Muharram. O dia mais sagrado do culto, Ashura, acontecerá no próximo sábado, quando é comemorado o aniversário de 700 anos da morte de Imam Hussein, neto do profeta Maomé.
As informações são da Associated Press.
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