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Taleban declara acordo de trégua ''sem validade'' após ofensiva do governo

Por AP E REUTERS
Atualização:

O grupo extremista Taleban declarou ontem "sem validade" o acordo de trégua com o governo do Paquistão depois que Islamabad atacou, usando helicópteros e tanques, áreas controlados pelos rebeldes no Distrito de Baixo Dir, na fronteira com o Afeganistão. A reação taleban foi vista como um possível sinal de fracasso da política de diálogo que vinha sendo usada por Islamabad desde fevereiro, quando o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, permitiu que o Taleban aplicasse a lei islâmica (Sharia) na Província Vale do Swat. Sentindo-se fortalecidos, os extremistas estenderam sua presença ao Distrito de Buner, a apenas 100 km da capital, Islamabad, mas acabaram recuando diante da contraofensiva do governo. Pelo menos 20 rebeldes foram mortos na ofensiva de ontem. No domingo, quando o Exército iniciou a incursão, morreram outras 31 pessoas, entre elas um soldado. PRESSÃO O endurecimento da política paquistanesa deve satisfazer o governo americano, que há dias vinha alertando para o perigo que as concessões feitas ao Taleban representam. O premiê britânico, Gordon Brown, que ontem visitou o Afeganistão e o Paquistão, disse que a região de fronteira entre os dois países é a "encruzilhada do terrorismo". Brown prometeu aumentar a ajuda ao Paquistão, principalmente na área civil. Diante das suspeitas de que o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, esteja escondido na área coberta pelo acordo de trégua, Zardari foi evasivo. "Ele pode estar morto, mas isso já tinha sido dito antes. Isso ainda está entre a ficção e o fato."

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