Taleban do Paquistão confirma morte de autor de massacre de crianças

Umar Mansoor organizou ataque que matou 125 estudantes em 2014

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Queima de drogas em Peshawar, no Paquistão. O país tem adotado fortes medidas contra o tráfico de narcóticos. Foto: Muhammad Arshad/AP

ISLAMABAD - Os soldados taleban paquistaneses confirmaram nesta quarta-feira, 18, a morte do autor intelectual do ataque ao colégio da cidade de Peshawar no qual morreram 125 estudantes em 2014, 15 meses depois que o exército do Paquistão anunciou que o terrorista tinha morrido em um bombardeio dos Estados Unidos. 

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"Confirmamos a morte do califa Umar Mansoor", afirmou em um comunicado Mohammed Khurasani, porta-voz do principal grupo insurgente do país, o Tehreek-i-Taliban Pakistan (TTP).

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O porta-voz não detalhou quando nem onde morreu Mansoor e só acrescentou que ele será substituído pelo califa Usman Mansoor como o chefe do grupo nas áreas de Darra Adam e Peshawar.

O exército paquistanês anunciou em 13 de julho de 2016 que o comandante da Missão Apoio Decidido da OTAN no Afeganistão, o general americano John W. Nicholson, tinha confirmado a morte de Mansoor no bombardeio de um drone em território afegão.

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O anúncio do TTP acontece depois que meios de comunicação paquistaneses informaram de vários bombardeios com aviões não-tripulados americanos na fronteira do Afeganistão e do Paquistão nos dois últimos dias, com um saldo de 30 mortos.

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O exército paquistanês negou que esses bombardeios tenham acontecido no seu território e afirmou que se trata de operações da OTAN e tropas afegãs em solo afegão.

Mansoor foi o organizador do ataque em um colégio gerenciado pelo exército na cidade de Peshawar. Também esteve por trás do atentado a uma universidade no norte do Paquistão em que morreram 25 pessoas, entre elas vários estudantes, professores e guardas de segurança, em janeiro de 2016.

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Após o massacre do colégio, o ex-primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, suspendeu no final de 2014 a moratória que pesava sobre a pena de morte e foram aprovados tribunais especiais para casos de terrorismo, com cerca de 400 execuções até agora. / EFE

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