10 de agosto de 2007 | 09h16
O Taleban garantiu nesta sexta-feira, 10, que os 21 reféns sul-coreanos que continuam em poder do grupo não serão executados até que aconteça o encontro com a delegação de Seul. Os radicais ameaçaram por diversas vezes matar mais reféns caso o governo afegão não atendesse aos pedidos do grupo. O Taleban e representantes da Coréia do Sul concordaram em encontrar-se para tentar negociar a liberdade das vítimas. Porém, nenhuma das partes conseguiram estabelecer um lugar para a reunião. O porta-voz do grupo Qari Yousef Ahmadi disse que as negociações continuam por telefone. "Até que seja possível nos encontrarmos para negociar, não planejamos matar nenhum refém coreano". O governo sul-coreano, entretanto, emitiu um alerta para organizações humanitárias para que deixem o Afeganistão até o final do mês por questões de segurança, confirmou um oficial da Embaixada da Coréia do Sul em condição de anonimato. Ahmadi defendeu a iniciativa de Seul de retirar os missionários e disse ainda que acredita que a medida ajuda nas negociações com o Taleban. "A retirada de voluntários terá um efeito positivo no processo das negociações, já que a saída dos coreanos do Afeganistão é parte das nossas exigências". Os 23 sul-coreanos foram capturados no último dia 19 de julho na província afegã de Ghazni, no maior seqüestro de um grupo estrangeiro no Afeganistão desde a queda do regime Taleban. O líder dos reféns, o pastor Bae Hyung-kyu, foi o primeiro a ser assassinado pelos rebeldes. Posteriormente, o governo da Coréia do Sul confirmou que um segundo refém foi morto: Shim Sung-min, de 29 anos, que era ex-empregado de uma empresa de tecnologia. Pelo menos 18 dos reféns são mulheres.
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