Taleban mata ao menos 13 viajantes e sequestra 200 no Afeganistão

Durante operação, polícia conseguiu libertar 160 pessoas que haviam sido capturadas. Apesar de os taleban não terem confirmado a autoria do ataque, grupo não desmentiu a informação

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CABUL - Os taleban mataram nesta terça-feira, 31, pelo menos 13 viajantes e sequestraram cerca de 200 depois que os veículos nos quais estavam foram detidos em um posto de controle dos insurgentes na província de Kunduz, no norte do Afeganistão.

O fato ocorreu por volta das 3h (19h30 de segunda-feira em Brasília), no distrito de Aliabad, na estrada que liga a capital regional Kunduz a Cabul, afirmou o porta-voz da polícia local, o oficial Hijratullah.

Equipe de segurança afegã se prepara para uma operação contra militantes do Taleban no distrito de Aliabad, na Província de Kunduz Foto: AFP PHOTO / NAJIM RAHIM

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Segundo ele, dos cerca de 200 passageiros sequestrados, a polícia conseguiu libertar 160 durante uma operação, que ainda está em curso. Os demais foram transferidos pelos insurgentes ao distrito vizinho de Chahar Dara.

"Todos os passageiros são civis", detalhou Hijratullah, que acrescentou que, segundo a primeira informação recebida, são 13 mortos, mas não descartou que esse número possa aumentar.

Os taleban não confirmaram a autoria do sequestro, mas também não a desmentiram.

A província de Kunduz é uma das mais conflituosas do Afeganistão. Em setembro de 2015, os taleban conseguiram conquistar brevemente a capital em seu maior feito militar desde a invasão americana de 2001.

Desde o final de 2015, os insurgentes controlam algumas áreas da capital da província de Helmand, Lashkargah, e quase um terço do território afegão, segundo um relatório do Inspetor Geral para a Reconstrução do Afeganistão dos EUA (Sigar, na sigla em inglês).

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A Missão das Nações Unidas para o Afeganistão (Unama) anunciou em abril que, durante o primeiro trimestre deste ano, 600 civis morreram e 1.343 ficaram feridos, o que totaliza 1.943 vítimas - sendo 610 crianças -, um número 2% maior que no primeiro trimestre de 2015. /EFE

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