Taleban proíbe vacinação contra a covid-19, segundo autoridade de Saúde

Diretor de Saúde Pública da província de Pakita, Walayat Khan Ahmadzai, afirmou à mídia local que o grupo insurgente baniu a vacinação em Hospital Regional, que está sem aplicar os imunizantes há três dias

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Por Redação
Atualização:

O Taleban ordenou a paralisação da vacinação contra a covid-19 em pelo menos uma região do Afeganistão, de acordo com fontes médicas ouvidas pela imprensa local.

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Em entrevista ao site Shamshad News, o diretor de Saúde Pública da província de Pakita, Walayat Khan Ahmadzai, afirmou que o grupo insurgente baniu a vacinação no Hospital Regional, que está sem aplicar os imunizantes há três dias.

Ahmadzai ainda afirmou que o Taleban alertou as equipe de distribuição dos imunizantes para não entregarem as doses às unidades de saúde. Quem compareceu ao hospital, ainda segundo o diretor, foi informado que a aplicação foi proibida.

Mulher é vacinada contra o coronavírus em Cabul; autoridade de saúde afirmou à imprensa local que o Taleban suspendeu à vacinação em pelo menos uma província e alertou equipes de distribuição a não entregarem imunizantes. Foto: AP Photo/Rahmat Gul (11/07/2021)

A relação do Taleban com campanhas de vacinação é repleta de altos e baixos. O movimento islâmico deu seu apoio à campanha de vacinação contra o coronavírus liderada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio do programa Covax Facility, em janeiro.

Na época, o porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid, disse à Reuters que o grupo iria "apoiar e facilitar" a campanha de vacinação conduzida por meio dos centros de saúde.

Ao longo dos anos, contudo, organizações como a própria OMS e a Cruz Vermelha foram banidas de áreas dominadas pelo Taleban, após denúncias do grupo de diversos tipos de suspeita, como espionagem.

Nos últimos 28 dias, o Afeganistão registrou 13.917 casos de covid-19 e 1.017 mortes relacionadas à doença. Desde o começo da pandemia, o total de casos no país é de 152.142, enquanto 7.025 morreram, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.

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Veja o mapa do Afeganistão

/ Com informações de REUTERS

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