PUBLICIDADE

Talebans enforcam mulher e filho no Afeganistão acusados de espionagem

Não é a primeira vez que insurgentes talebans matam pessoas suspeitas de levar informação às forças governamentais sobre suas posições

Por Agencia Estado
Atualização:

A violência aumentou no sul do Afeganistão nos últimos meses, onde as tropas da coalizão militar internacional encabeçadas pelos EUA iniciaram em maio uma operação que, até o fim de julho, matou mais de 800 rebeldes talebans. O último ato violento foi o enforcamento por um grupo de supostos talebans no sul do país de uma mulher e seu filho, acusados de espionar para o governo. A mulher e o filho foram enforcados em uma árvore, na última segunda-feira, segundo fontes oficiais. O enforcamento aconteceu no povoado de Diagh, distrito de Mosa Qal. "Em plena luz do dia, diante dos moradores do povoado, os talebans penduraram numa árvore uma mulher de cerca de 70 anos e seu filho, de aproximadamente 30 anos", acrescentaram as fontes. Os supostos talebans acusaram as vítimas de ser espiões do governo de Cabul. As fontes disseram que o enforcamento é "totalmente contrário à religião" e acusaram os talebans de "utilizar o nome do Islã para fazer coisas contra o Islã". A identidade das vítimas e não foi confirmada, nem se eram realmente informantes da polícia. Não é a primeira vez que insurgentes talebans matam pessoas acusadas de levar informação às forças governamentais sobre suas posições. Até clérigos islâmicos já foram assassinados por sua suposta colaboração com Cabul. As forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão assumiram este mês a segurança no sul do país, região mais violenta do Afeganistão, e desde então já sofreram nove baixas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.