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Talibã reivindica atentado que matou pelo menos 4 em Cabul após visita de Obama

Dois terroristas suicidas, em um carro-bomba, invadiram hospedaria a leste da capital afegã

Por Efe
Atualização:

Atualizado às 2h40

 

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CABUL - O número de mortos chega a pelo menos quatro em razão de duas explosões ocorridas na parte leste da capital afegã, Cabul, nesta quarta-feira, 2, pouco depois do presidente dos EUA, Barack Obama, fazer uma visita surpresa àquele país.

 

Uma dessas explosões foi causada por um carro-bomba, conduzido por um suicida, que atingiu uma área da estrada de Jalalabad, que abriga várias bases militares estrangeiras, disse o chefe de polícia de Cabul, Mohammad Ayoub Salangi. Segundo o chefe do departamento de investigação criminal de Cabul, Mohammad Zahir, pelo menos dois terroristas suicidas invadiram uma hospedaria e detonaram as bombas que levavam consigo.

 

Após as explosões, um número indeterminado de insurgentes invadiu a pensão e, no começo da manhã, enfrentaram com armas automáticas as forças de segurança. Contatado por telefone, um porta-voz talibã, Zabiullah Mujahid, confirmou o ataque, que "foi produzido por militantes que penetraram na pensão em um automóvel". O porta-voz talibã afirmou que a incursão causara vítimas, mas não as quantificou.

 

O ataque aconteceu horas depois da partida do presidente americano que, na terça-feira, 1, esteve no país para assinar com seu colega Hamid Karzai uma aliança estratégica entre seus respectivos países. O acordo, de 10 anos de duração, inclui assistência militar e financeira americana às autoridades afegãs, e entrará em vigor após a conclusão, em 2014, da retirada das tropas internacionais desdobradas há uma década no Afeganistão.

 

A visita coincidiu com o primeiro aniversário da morte do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, em uma operação produzida por comandos americanos na cidade de Abbottabad, situada ao norte de Islamabad, capital do vizinho Paquistão. A embaixada dos Estados Unidos chegou a afirmar que estava "sob bloqueio" e advertiu funcionários a se protegerem e permanecerem distantes das janelas.

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