22 de novembro de 2012 | 08h20
Kasab foi enforcado na quarta-feira sob enorme sigilo, ressaltando a sensibilidade política do massacre de 26 de novembro de 2008, que ainda lança uma sombra sobre as relações entre os rivais com armas nucleares Paquistão e Índia.
"Nós decidimos atacar indianos para vingar a morte de Ajmal Kasab", disse o porta-voz taliban Ehsanullah Ehsan, por telefone, de um local não revelado.
Ehsan exigiu que a Índia devolva o corpo de Kasab.
"Se eles não nos devolverem o corpo ou para a família dele, vamos capturar indianos e não devolver seus corpos", disse, acrescentando que o Taliban vai tentar atacar alvos indianos "em qualquer lugar".
O Taliban, que é próximos à Al Qaeda, é visto como uma das maiores ameaças à segurança do Paquistão e é responsabilizado por muitos atentados suicidas em todo o país.
Kasab foi acusado de 86 crimes, incluindo assassinato e travar guerra contra o Estado indiano, em uma longa acusação com mais de 11.000 páginas.
Essa foi a primeira vez que uma sentença de morte foi executada na Índia desde 2004. Houve festa nas ruas de cidades como Mumbai e outras com a divulgação da notícia da execução, mas grupos militantes no Paquistão reagiram com irritação, assim como moradores da aldeia natal de Kasab.
Pessoas soltaram fogos de artifício e distribuíram doces em cidades indianas. Algumas levaram fotos de Kasab com uma corda enrolada no pescoço.
(Reportagem de Jibran Ahmad)
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