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Tâmeis realizam ataque aéreo a base do Exército cingalês

Governo do Sri Lanka admite que seis soldados da base de Palaly morreram

Por Agencia Estado
Atualização:

A guerrilha tâmil anunciou nesta terça-feira, 24, ter causado "grandes danos e baixas" num ataque aéreo nesta madrugada contra a principal base do Exército na península de Jaffna, no norte do Sri Lanka. O Exército admitiu a morte de seis soldados da base de Palaly. Mas afirmou que a causa foi a artilharia dos tâmeis, pois o ataque aéreo foi rechaçado. O porta-voz da guerrilha, Irasiah Ilanthirayan, disse que dois aviões participaram do ataque na madrugada de desta terça-feira. Em seguida retornaram à base, em Vanni, região mais ao sul, controlada pelos tâmeis. O primeiro ataque com aviação da guerrilha foi executado há menos de um mês. O alvo então foi a principal base aérea do Exército, em Katunayake. O saldo foi de três mortos e 17 feridos. De acordo com a versão divulgada pelo site dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE), após o ataque à base de Palaly houve explosões contínuas durante cinco horas, o que permite supor que um depósito de munição foi atingido. O Exército cingalês, no entanto, negou o bombardeio aéreo. Segundo o comunicado militar, um avião dos tâmeis tentou penetrar na área de alta segurança de Palaly mas foi detectado pelos sistemas de defesa aérea e repelido. A versão militar acrescenta que o avião foi "incapaz de atacar seu alvo" dentro da base e, em sua retirada, lançou dois explosivos numa praia próxima. O site dos LTTE também informou que houve ataques de artilharia contra as posições da guerrilha em Jaffna, além de combates na linha que separa os dois lados na península. Cinco civis morreram na noite de segunda-feira, 23, e 35 foram feridos pela explosão de uma mina que atingiu um ônibus de passageiros em Vavunia, no nordeste da ilha. O governo denunciou nesta terça que o incidente foi um atentado dos LTTE. Entre os feridos, sete são crianças, segundo a versão governamental. Os LTTE lutam há duas décadas por um Estado independente no norte e leste da ilha, onde é majoritária a etnia tâmil.

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