26 de janeiro de 2014 | 02h02
Sob o impacto do massacre que deixou 20 crianças mortas em Newtown, Connecticut, o presidente Barack Obama usou o discurso sobre o Estado da União de 2013 para pedir a aprovação de lei que tornaria mais rigorosa a verificação dos antecedentes dos compradores de armas. Três meses depois, o projeto não obteve os 60 votos necessários para avançar no Senado, em um prenúncio da paralisia que dominaria o Congresso em 2013.
No primeiro ano do segundo mandato de Obama, os parlamentares aprovaram o menor número de leis da história. Controlada pelo Partido Republicano, a Câmara fez oposição ferrenha às iniciativas do presidente democrata e tentou inviabilizar sua principal bandeira política: a reforma da saúde aprovada em 2010. Na tentativa de acabar com o financiamento do Obamacare (mais informações nesta página), os republicanos forçaram o fechamento do governo por 16 dias em outubro e levaram os EUA à beira do default ao se recusarem a elevar o limite de endividamento do país.
A reforma sobreviveu, mas enfrentou sérios problemas de execução. Os que continuarem sem cobertura a partir de 2014 pagarão uma taxa, cujo valor subirá progressivamente nos próximos anos. O tema continuará a dividir democratas e republicanos neste ano e estará no centro das eleições legislativas de novembro.
Para ter sucesso, o Obamacare precisa atrair um número significativo de jovens saudáveis, o que permitirá que pessoas mais velhas com doenças preexistentes possam ter cobertura. "Esse é o elemento mais importante de seu legado e vai definir como Obama será lembrado, para o bem ou para o mal", observou o professor Alan Abramowitz, da Universidade Emory.
O objetivo do presidente é estender o seguro-saúde a cerca de 30 milhões de americanos que não contam com nenhuma forma de cobertura.
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