
30 de agosto de 2017 | 08h39
Atualizado 30 de agosto de 2017 | 20h28
NEW ORLEANS, EUA - Cinco dias após tocar terra no Texas, Harvey chegou nesta quarta-feira, 30, à Louisiana como tempestade tropical. Autoridades texanas confirmaram que 38 pessoas morreram e 32 mil estão desabrigadas. A Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês) liberou o envio de 5 milhões de refeições e 210 mil pessoas se inscreveram para receber ajuda do governo.
Hoje à tarde, a tempestade Harvey atingiu o oeste de Cameron, na Louisiana, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), com “chuvas torrenciais”. O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou estado de emergência no Texas e na Louisiana na segunda-feira.
O fenômeno provocou inundações sem precedentes no Texas, que transformaram ruas e avenidas em rios e obrigaram milhares de pessoas a abandonarem suas casas em Houston, a quarta maior cidade dos EUA.
A região oeste da Louisiana era afetada por ventos máximos de 72 km/h. A meteorologia prevê chuvas de entre 130 mm e 250 mm. Harvey deve perder força de maneira gradual e virar uma depressão tropical.
Mas os efeitos do Harvey já eram sentidos em New Orleans, particularmente vulnerável por ter zonas construídas abaixo do nível do mar e por já ter sofrido uma grande inundação no início do mês, complicadas por falhas em seu sistema de drenagem.
O prefeito da cidade, Mitch Landrieu, pediu aos moradores que “ficassem vigilantes e fossem cautelosos”. A cidade foi devastada há 12 anos pelo Katrina.
O Harvey provocou precipitações recordes no Texas, onde equipes de emergência lutam para resgatar centenas de pessoas. Autoridades pediram a moradores que precisassem de ajuda que colocassem toalhas ou lençóis nas janelas.
A unidade local do Serviço Nacional de Meteorologia (NWS, na sigla em inglês) alertou contra ameaças de fortes chuvas no sudeste da Louisiana e sul do Mississippi.
O prefeito de Houston, Sylvester Turner, impôs um toque de recolher para a noite de terça-feira 29 com o objetivo de evitar novos saques durante as inundações. A medida começou à meia-noite (2h de quarta-feira em Brasília) e terminou às 5h (7h em Brasília).
Estavam isentos de cumprir o toque de recolher os trabalhadores de serviços emergências, as pessoas em busca de refúgio, os voluntários e aqueles que chegam ou saem dos seus trabalhos, detalhou o prefeito, que disse que não haveria outra razão para estar nas ruas nessas horas. / AFP e EFE
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