
22 de setembro de 2011 | 17h22
O almirante Mike Mullen classificou a rede militante Haqqani de um "braço genúino" do poderoso serviço de inteligência do Paquistão, o ISI, que, segundo ele, apoiou o ataque do grupo na semana passada contra a Embaixada dos EUA em Cabul, um golpe para os esforços dos EUA para trazer a guerra do Afeganistão a um fim pacífico.
O ministro do Interior do Paquistão, Rehman Malik, rapidamente rejeitou as acusações dos EUA de ligações de Islamabad com o Haqqani, um dos grupos rebeldes mais temidos que operam no Afeganistão.
Malik também advertiu contra um ataque terrestre unilateral dos EUA ao Haqqani, que tem bases em regiões tribais não alcançadas pelo governo do Paquistão.
"A nação do Paquistão não permitirá operações em nosso solo, nunca. Nosso governo já está cooperando com os EUA... mas eles também devem respeitar a nossa soberania", disse Malik em uma entrevista à Reuters.
As duras palavras parecem representar uma nova baixa nas relações entre EUA e Paquistão, que mal haviam começado a se recuperar do ataque surpresa das Forças Especiais dos EUA que matou Osama bin Laden na cidade paquistanesa de Abbottabad em maio.
As tensões podem ter repercussões em toda a Ásia, da Índia, arquirrival do Paquistão, à China, que tem se aproximado do Paquistão nos últimos anos.
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