Tentativa da Al-Qaeda de esconder explosivos em baterias motivou restrições em voos, diz CNN

De acordo com fonte do governo americano ouvida pela emissora, filial do grupo que atua principalmente no Iêmen e na Arábia Saudita estaria aperfeiçoando técnica para miniaturizar bombas

PUBLICIDADE

Atualização:

WASHINGTON - As agências de inteligência dos Estados Unidos teriam descoberto há poucas semanas que a Al-Qaeda na Península Arábica - um das ramificações mais violenta e ativa do grupo - estaria aperfeiçoando uma técnica para esconder explosivos em baterias e em compartimentos de baterias de dispositivos eletrônicos, afirmou à emissora CNN um funcionário do governo.

O funcionário, que falou à emissora de forma anônima, afirmou que as preocupações em razão desta descoberta motivaram os EUA e o Reino Unido a adotarem na terça-feira proibições de eletrônicos maiores do que celulares em voos provenientes de países de maioria islâmica.

Passageiro compra passagem em guichê da Emirates Airlines no aeroporto do Los Angeles, nos EUA; em TV ao fundo, empresa informa regras para transporte de baterias Foto: AFP PHOTO / Mark RALSTON

PUBLICIDADE

De acordo com a nova regra, nos voos de companhias aéreas provenientes de 10 países do Oriente Médio e da África os passageiros deverão despachar junto com a bagagens os dispositivos que sejam maiores do que seus telefones - a proibição não afeta, porém, equipamentos médicos.

A proibição é uma das mais amplas e severas adotada como medida de segurança na aviação civil desde o ataque terrorista às Torres Gêmeas, em Nova York, em 11 de setembro de 2001.

Na terça-feira, funcionários do governo americano tinham dito que análises de inteligência indicavam que a aviação continuava como um alvo dos terroristas. "A avaliação dos serviços de inteligência indica que os grupos terroristas continuam visando o transporte aéreo e buscam novos métodos para perpetrar seus atentados, como esconder explosivos em bens de consumo", afirmou de forma anônima uma fonte do governo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.