WASHINGTON - As agências de inteligência dos Estados Unidos teriam descoberto há poucas semanas que a Al-Qaeda na Península Arábica - um das ramificações mais violenta e ativa do grupo - estaria aperfeiçoando uma técnica para esconder explosivos em baterias e em compartimentos de baterias de dispositivos eletrônicos, afirmou à emissora CNN um funcionário do governo.
O funcionário, que falou à emissora de forma anônima, afirmou que as preocupações em razão desta descoberta motivaram os EUA e o Reino Unido a adotarem na terça-feira proibições de eletrônicos maiores do que celulares em voos provenientes de países de maioria islâmica.
De acordo com a nova regra, nos voos de companhias aéreas provenientes de 10 países do Oriente Médio e da África os passageiros deverão despachar junto com a bagagens os dispositivos que sejam maiores do que seus telefones - a proibição não afeta, porém, equipamentos médicos.
A proibição é uma das mais amplas e severas adotada como medida de segurança na aviação civil desde o ataque terrorista às Torres Gêmeas, em Nova York, em 11 de setembro de 2001.
Na terça-feira, funcionários do governo americano tinham dito que análises de inteligência indicavam que a aviação continuava como um alvo dos terroristas. "A avaliação dos serviços de inteligência indica que os grupos terroristas continuam visando o transporte aéreo e buscam novos métodos para perpetrar seus atentados, como esconder explosivos em bens de consumo", afirmou de forma anônima uma fonte do governo.