Tepco planeja reativar sistema para descontaminar água de Fukushima

Objetivo é reduzir temperatura dos reatores danificados até 2012 para reutilização da água

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Por Efe
Atualização:

TÓQUIO - A Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima, planeja colocar em andamento nesta segunda-feira, 27, um sistema crucial para descontaminar as mais de 110 mil toneladas de água radioativa que se acumulam na central, após vários atrasos causados por problemas técnicos.

 

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Era para o sistema ter sido ativado há dez dias, mas um problema com um dos dispositivos responsáveis por absorver substâncias radioativas obrigou a paralisá-lo apenas cinco horas após entrar em funcionamento.

 

No entanto, a Tepco disse ter solucionado esse problema graças a uma mudança no material absorvente, por isso espera que ainda nesta segunda a água possa começar a ser tratada corretamente, informou a emissora de televisão pública japonesa NHK.

 

Nas provas prévias ao início do processo, o sistema, que conta com tecnologia da empresa francesa Areva e da americana Kurion, conseguiu descontaminar cerca de 600 toneladas de água, que serão utilizadas nesta mesma segunda-feira para esfriar os reatores.

 

O dispositivo, segundo a Tepco, conseguiu diminuir em 100 mil vezes o nível de césio-134 e césio-137, atingindo assim a meta de reduzir a contaminação para o nível de 100 becquerels por centímetro cúbico.

 

Um funcionamento estável deste dispositivo significaria um grande passo no plano da Tepco de reduzir a temperatura dos reatores danificados até janeiro de 2012, pois o sistema em funcionamento permitiria à empresa reutilizar a água que inunda a usina para resfriá-los, sem a necessidade de se injetar novo líquido.

 

A água altamente contaminada que se acumula em Fukushima é um dos grandes problemas enfrentados pelos técnicos da central, que trabalham dia e noite para tentar controlar a temperatura das unidades danificadas pelo terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março passado.

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O volume de água cresce diariamente por causa das contínuas injeções nos reatores, necessárias para tentar controlar a temperatura e conter as emissões de radioatividade. Teme-se que as chuvas de verão (local) agravem a situação.

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