Terapeutas acusadas de homicídio vão a julgamento

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Por Agencia Estado
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Começou nesta quinta-feira em Golden, no Estado americano do Colorado, a seleção do júri para o julgamento de duas psicoterapeutas acusadas de causar a morte de uma garota de 10 anos durante uma sessão conhecida como terapia do renascimento. A simulação de nascimento deveria aproximar a garota, Candance Newmaker - portadora de uma síndrome que a fazia reagir com violência a qualquer expressao de afeto -, da mãe adotiva, Jeane Newmaker. A sessão de psicanálise, realizada em 18 de abril de 2000, foi gravada em vídeo. Na fita, Candance é vista enrolada em mantas, que representariam o útero, pedindo por sua vida e dizendo que não conseguia respirar. Depois de passar 10 minutos enrolada nas mantas, a garota passou a gritar: "Eu não posso fazer isso, não posso respirar." Ao mesmo tempo, a mãe adotiva perguntava a Candance se ela queria renascer. "Não", respondeu a menina. Aquela foi sua última palavra. Quando as terapeutas Connell Watkins, de 54 anos, e Julie Ponder, de 40, abriram as mantas, Candance não respirava e não tinha pulso. Os paramédicos conseguiram ressuscitá-la, mas sua morte cerebral foi declarada no dia seguinte num hospital de Denver. A causa do óbito foi morte por asfixia. As duas terapêutas foram formalmente acusadas de abuso de criança seguido de morte e, se condenadas, podem ser sentenciadas a 48 anos de prisão.

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