02 de fevereiro de 2016 | 16h24
Marco Rubio terminou em terceiro lugar, mas foi o grande vencedor das prévias de Iowa, que deram a largada do processo de escolha dos candidatos que disputarão a sucessão de Barack Obama em novembro.
A proximidade com o segundo colocado, Donald Trump, mostrou a capacidade de mobilização do senador de 44 anos e reforçou seu status de opção aos órfãos de Jeb Bush na ala tradicional do Partido Republicano.
Poucas horas depois da contagem dos votos em Iowa, Rubio ganhou o apoio do senador da Carolina do Sul Tim Scott, um dos mais influentes republicanos no Estado que será o terceiro a realizar prévias, no dia 20.
Anúncios de sua campanha veiculados hoje enfatizavam sua suposta viabilidade eleitoral: “Marco Rubio é o conservador que pode ganhar e a máquina de Clinton sabe disso”, dizia a peça, fazendo referência a Hillary Clinton, que lidera a corrida pela nomeação do Partido Democrata.
Entre os republicanos, Ted Cruz era o que mais precisava de uma vitória em Iowa, onde concentrou sua munição em uma megaesforço de mobilização de voluntários. O senador foi o candidato que passou mais tempo no Estado e foi o único a visitar todos os seus 99 condados.
Ultraconservador e com origem no Tea Party, Cruz era a opção natural dos evangélicos brancos de Iowa, que representam 60% dos votos do partido e deram vitória a dois candidatos com perfil parecido nas prévias de 2008 e 2012: Mike Huckabee e Rick Santorum. Nenhum dos dois chegou ao fim da disputa.
Com aumento de doações no último trimestre de 2015, Cruz está em melhor posição que os dois últimos vencedores de Iowa para obter a indicação do partido. Mas Rubio fortaleceu seu cacife para a disputa em New Hampshire.
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