Terremoto no Irã mobiliza comunidade internacional

Veja Galeria de Fotos

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O terremoto que devastou o Irã na última sexta-feira e deixou pelo menos 20 mil mortos - as estimativas são de que esse número se aproxime de 40 mil - mobilizou a comunidade internacional. Até agora, quarenta e cinco aviões estrangeiros com ajuda humanitária já aterrissaram em solo iraniano, de acordo com o chefe da Aviação Civil Iraniana, Jaafar Poor Sadeghian. Esquipes de resgate, muitas delas com cães farejadores, vieram de 16 países, entre eles Áustria, Arzebaijão, Grã-Bretanha, Finlândia, Alemanha, Rússia, Turquia e Estados Unidos (EUA). É a primeira vez em mais de uma década que aviões americanos chegam ao Irã, país incluído recentemente no "eixo do mal" - ao lado da Coréia do Norte e do Iraque - pelo presidente Geroge W. Bush. O país se comprometeu a enviar à cidade arrasada 75 toneladas de medicamentos e uma equipe de 200 homens. "Qualquer ajuda vinda dos EUA será muito bem-vinda", disse Akbar Alavi, governador de Kerman, capital da província. As equipes se esforçaram hoje para encontrar sobreviventes nos escombros deixados pelo tremor de 6,6 pontos na escala Richter. Em muitos locais, elas tiveram que usar máscaras, pois o cheiro dos corpos em decomposição era extremamente forte. Caminhões circulavam pela cidade para recolher os corpos, mas muitos deles acabaram permanecendo nas calçadas. Cerca de 150 pessoas foram resgatadas com vida dos escombros, entre elas uma criança que permaneceu soterrada por mais de 24 horas. Por outro lado, em menos de uma hora ontem, numa única rua, foram retirados aproximadamente 200 corpos, de acordo com o líder da equipe iraniana de resgate, Ahmad Najafi. Policiais atiravam para o alto enquanto saqueadores se dirigiam a armazéns e lojas em busca de comida e cobertores. De acordo com a Associated Press, jovens foram vistos carregando pacotes de biscoitos, óleo de cozinha, chá, sal e comida enlatada. A segurança foi intensificada na cidade. O Irã abriu seu espaço aéreo a aviões que trouxessem ajuda humanitária ao país, além de facilitar a emissão de vistos ao pessoal da ajuda internacional.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.