Um forte terremoto, com mais de um minuto de duração, atingiu o sul do Peru, norte do Chile e parte da Bolívia neste sábado. Um levantamento oficial, divulgado há pouco pelas autoridades peruanas, aponta que pelo menos 35 pessoas foram mortas e mais de 200 ficaram feridas com o tremor de terra. De acordo com as autoridades peruanas, o terremoto matou 14 pessoas em Moquegua, 12 em Arequipa e 9 em Tacna. As cidades ainda estão com os serviços de telefone e eletricidade suspensos. As autoridades advertiram que o número de mortos pode aumentar, já que os escombros de várias casas ainda não foram removidos. Em Arequipa, pelo menos 50 casas populares desabaram com o tremor. Imagens transmitidas pelo canal de televisão Canal N a partir da cidade mostram que uma das torres da catedral colonial, um edifício do século XVII declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, caiu. Arequipa fica a 750 quilômetros de Lima, a capital do Peru, e é a segunda maior cidade do país. As cidades de Juliaca, Puno, Pisco e Lima também sofreram abalos. Em Lima, moradores saíram correndo de suas casas ao sentir o tremor. Segundo o Instituto Geofísico do Peru, o terremoto atingiu 6,9 pontos na escala Ritcher, mas o Centro de Informação Geológica dos Estados Unidos, localizado em Golden, Colorado, informou que o abalo sísmico atingiu 7,9 pontos na escala e originou-se na costa do Peru, no Oceano Pacífico. O tremor ocorreu às 20h33 GMT (17h33 Brasília) e também foi sentido na Bolívia, nas cidades de Cochabamba, Oururo e Potosí, no sul do país, e na capital La Paz, onde provocou rachaduras e quebrou os vidros de vários prédios. No norte do Chile, destruiu as fachadas de vários prédios e provocou pânico na cidade de Arica, na fronteira com o Peru, mas não deixou vítimas entre os 170 mil habitantes locais. O movimento sísmico destruiu principalmente as fachadas dos prédios da parte antiga de Arica, 1.650 km ao norte de Santiago, mas nenhuma construção desabou.