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Terror faz novo ataque químico a civis em Bagdá

Extremistas explodiram nova bomba de cloro e derrubaram mais um helicóptero nesta quarta-feira. Militares temem ´sofisticação´ de técnicas da resistência

Por Agencia Estado
Atualização:

Terroristas explodiram mais um caminhão carregado com latas de gás de cloro no Iraque nesta quarta-feira, 21, no segundo ataque com o elemento químico no país em dois dias. Em um evento paralelo, mais um helicóptero americano foi derrubado no país árabe, o oitavo em menos de um mês. A tripulação da aeronave foi resgatada com vida, informou o comando militar dos Estados Unidos. Segundo analistas, os ataques oferecem um retrato amargo da capacidade de adaptação tática dos insurgentes que atuam no país. Os militares americanos temem que os extremistas estejam utilizando armamentos mais sofisticados, como foguetes antiaéreos e metralhadoras de grosso calibre, para atacar alvos estratégicos dos EUA. Já a nuvem de gás que atingiu Bagdá sugere a adoção de estratégias coordenadas para lançar materiais tóxicos - potencialmente mais mortais do que os explosivos comuns. "Os terroristas estão usando meios sujos", disse o general de brigada Qassim Moussawi, porta-voz do Exército iraquiano. Segundo o tenente-coronel Christopher Garver, porta-voz dos militares americanos, o ataque contra o helicóptero ocorreu nesta quarta-feira, ao norte de Bagdá. Garver explicou que a aeronave, um Black Hawk, foi provavelmente posta abaixo por "armas de baixo calibre e granadas propelidas por foguete". O incidente ocorreu ao norte de Bagdá, e todos os nove tripulantes foram resgatados com vida. Pelo menos oito helicópteros americanos caíram ou foram derrubados por ataques insurgentes no Iraque desde 20 de janeiro, matando pelo menos 28 soldados e civis. Em Bagdá, a explosão de uma caminhonete carregada com tanques de gás de cloro matou cinco pessoas e intoxicou outras 55. Na terça-feira, uma bomba instalada em um caminhão tanque carregado com cloro já havia deixado seis vítimas fatais e outras 150 intoxicadas. Deste total, mais de 60 pessoas continuam sob cuidados médicos nesta quarta-feira. A baixos níveis, o cloro - cujo estado natural é gasoso - causa problemas respiratórios e irritações na pele. Uma alta exposição ao elemento pode causar a morte.

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