Terroristas decapitam dois reféns nas Filipinas

Mortes ocorreram no sul do país, onde um conflito entre militantes islâmicos e forças do governo, apoiadas pelos EUA, já deixou mais 460 mortos

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MANILA - Rebeldes islâmicos decapitaram dois marinheiros do Vietnã que haviam sido sequestrados há oito meses no sul das Filipinas, informaram as Forças Armadas do país nesta quarta-feira, 5. 

As tropas das Filipinas encontraram os corpos dos reféns na manhã de quarta na ilha Basilan, bastião do grupo Abu Sayyaf, informou o porta-voz militar Jo-Ann Petinglay. "Foi uma medida de desespero do Abu Sayyaf ao ver que não conseguem nenhum ganho com seus sequestros", disse Petinglay. 

Fumaça em região de conflitos em Marawi, a principal cidade islâmica das Filipinas, país majoritariamente católico Foto: Ferdinandh Cabrera/AFP

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Inicialmente um grupo difuso criado nos anos 1990 e financiado pela Al Qaeda, o Abu Sayyaf se dividiu em várias facções e algumas delas se dedicam a roubos e sequestros. Uma facção se uniu ao Estado Islâmico e alguns de seus seguidores mantêm o controle de vários setores de Marawi, a cidade muçulmana mais importante do país majoritariamente católico. 

Vários rebeldes seguem ocupando partes da cidade, apesar de haver uma ofensiva em curso apoiada pelos Estados Unidos na qual morreram 460 pessoas e outras 400 mil foram deslocadas desde maio. 

Os dois vietnamitas tinham sido sequestrados em novembro do ano passado com outros quatro conterrâneos. Eles faziam parte da tripulação de um barco que foi abordado por rebeldes na região de Mindanao, onde fica Marawi. Um dos seis foi resgatado no mês passado e três seguem em cativeiro. 

O Abu Sayyaf tem 22 reféns e 16 são estrangeiros, de acordo com Petinglay. O grupo costuma decapitar seus reféns se não obtém a recompensa exigida. O alemão Juergen Katner, de 70 anos, foi decapitado em fevereiro deste ano após não terem pago ao grupo um resgate de 600 mil dólares. Outros dois canadenses foram mortos ano passado pelo grupo. / AFP

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