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Terroristas no Iraque chegaram ao desespero, diz vice de Bush

Dick Cheney fez a afirmação ao referir-se ao atentado contra um santuário xiita em Samarra, ocorrido em fevereiro

Por Agencia Estado
Atualização:

Os insurgentes no Iraque "chegaram a um estado de desespero", como evidencia o atentado contra um santuário xiita em Samarra no mês passado, afirmou hoje o vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney. O vice-presidente defendeu o andamento da guerra do Iraque, que ompleta amanhã o terceiro aniversário, em entrevista concedida hoje - de forma incomum - ao programa "Face the Nation" da rede de televisão "CBS". Segundo Cheney, foram alcançados grandes progressos no Iraque tanto no âmbito político como no militar. Ele citou como exemplo o fato de os iraquianos terem cumprido até agora todos os prazos do calendário para a democratização do país e o de "uma centena" de batalhões desse país já terem recebido treinamento americano. Os políticos iraquianos tentam agora chegar a um acordo para a formação de um governo de união nacional que permita pôr fim à violência, exacerbada após o atentado de Samarra, em 22 de fevereiro, que causou a morte a centenas de iraquianos. Cheney atribuiu o atentado, que para alguns abriu o caminho para uma guerra civil, às tentativas dos insurgentes de "fazer tudo o que puderem para impedir que o governo se forme". O atentado de Samarra demonstra que "os terroristas chegaram a um estado de desespero", afirmou o vice-presidente, fazendo eco a sua afirmação de junho do ano passado, quando assegurou que a insurgência se encontrava "nas últimas". Se os insurgentes se impuserem, afirmou o vice-presidente, se correria o risco de o Iraque se transformar em "um Estado fracassado, como o era o Afeganistão na época do movimento Talibã". Os insurgentes, no entanto, "não se sairão bem" nessa tentativa, afirmou Cheney. "Teremos êxito no Iraque, as provas disso são arrasadoras", acredita. Por ocasião do aniversário da guerra, o governo dos EUA se encontra imerso em uma campanha para defender o andamento do conflito, que deixou o presidente George W. Bush em seu nível de popularidade mais baixo até agora, entre 33% e 37%. Bush deve fazer um discurso nesta segunda-feira em Cleveland (Ohio) para defender a guerra, afirmando que foi "a decisão correta", segundo reiterou nestes sábado.

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