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Terroristas procuravam por britânicos e americanos, dizem testemunhas

Por REUTERS E AP
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Horas depois da série de ataques em Mumbai, na fim da noite de ontem pelo horário de Brasília, o ministro-chefe do Estado indiano de Maharashtra, Vilasrao Deshmukh, alertou durante uma entrevista coletiva que a situação em Mumbai ainda não estava "sob controle". "Estamos tentando expulsar qualquer terrorista que esteja escondido nos dois hotéis (Oberoi e Taj Mahal)", declarou. No momento da entrevista, ainda não se sabia ao certo qual tinha sido o resultado da operação das forças de segurança nos hotéis. O britânico Alex Chamberlain, que estava no Hotel Oberoi, disse à TV Sky News que um homem armado, de 22 ou 23 anos, encaminhou entre 30 e 40 pessoas que estavam no restaurante para uma escada e ordenou que ficassem com os braços para cima. "Eles estavam procurando especificamente britânicos e americanos. Perguntaram a um italiano de onde ele era e depois o deixaram em paz. Eu pensei ?vão me matar se perguntarem algo?, mas graças a Deus não o fizeram", disse Chamberlain. O britânico contou que conseguiu escapar quando os hóspedes foram obrigados a subir as escadas. Ele acredita que parte do grupo foi feito refém. No momento dos atentados, dezenas de deputados do Parlamento europeu estavam em Mumbai para participar de uma reunião com o governo indiano. "Eu estava na recepção quando vi que havia fogo do lado de fora do hotel", disse Sajjad Karim, membro da delegação européia. "Um homem armado apareceu na nossa frente e começou a disparar. Virei-me e corri na direção contrária." "Eu estava no restaurante do Oberoi e presenciei o ataque a tiros e as mortes, algo que nunca quero ver de novo", disse um espanhol que não quis se identificar. "Corri para a cozinha, me escondi e esperei até que tudo estivesse calmo e parecesse ter terminado." Um motorista disse à agência Reuters que pelo menos 50 coreanos ficaram presos no Hotel Taj Mahal. "Estávamos esperando para recolhê-los quando ouvimos a primeira explosão. A polícia não nos deixou passar e eles (os coreanos) não atenderam os telefones", disse Deepak Aswar.

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