WASHIGNTON - O Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira, 14, novas sanções contra o Irã, centradas em 11 entidades e pessoas que respaldam os Guardiões da Revolução ou estão ligadas a ciberataques contra o sistema financeiro americano.
"Todos os bens e interesses das entidades e pessoas afetadas estão congeladas e os cidadãos americanos estão proibidos de fazer negócio com elas", indicou o Tesouro em um comunicado, afirmando que um dos organismos sancionados apoia o programa iraniano de mísseis balísticos.
Na noite de quarta-feira, a Câmara dos Deputados já havia aprovado a proibição da venda de aviões comerciais ao Irã, um veto que se for confirmado cancelará duas operações com a Boeing avaliadas em US$ 20 bilhões.
O congressista republicano que propôs essa proibição, Peter Roskam, acusou o Irã de utilizar aviões comerciais para transportar armas e tropas à Síria em apoio ao presidente desse país, Bashar Assad, a quem qualificou de "criminoso de guerra".
O veto foi aprovado apesar dos democratas alertaram que põe em perigo o acordo nuclear de 2015 com o Irã e só "castiga as empresas americanas".
A Boeing anunciou em dezembro do ano passado a venda à companhia aérea de bandeira iraniana Iran Air de 80 aviões (50 unidades modelo 737 MAX, 15 777-300ER e 15 777-9), em um contrato avaliado em US$ 16,6 bilhões.
Além disso, em abril confirmou outro princípio de acordo para a venda de 30 aviões por US$ 3 bilhões à companhia iraniana Iran Aseman Airlines.
As duas operações dependem da aprovação final do governo Trump, que mantém para o Irã uma política mais dura que a de seu antecessor, Barack Obama.
O pacto nuclear de 2015 com as potências ocidentais supôs o levantamento das sanções internacionais contra o Irã em troca de que este país limitasse sua capacidade atômica e permitisse a supervisão de seu programa nuclear. / AFP e EFE