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Teste de DNA pode representar duro golpe à pena de morte nos EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador do Estado da Virgínia, Mark Warner, ordenou a realização de testes de DNA no corpo de Roger Keith Coleman, executado em 1992, que podem determinar que sua execução foi um erro. Coleman foi condenado à morte em 1981, acusado de estupro e assassinato de sua cunhada. Mas até o último momento afirmou que era inocente. Warner, considerado em meios políticos como possível candidato democrata à presidência dos EUA nas eleições de 2008, disse que emitiu a ordem porque os atuais avanços tecnológicos podem proporcionar informação forense que não se dispunha no momento do julgamento. Grupos de defesa dos direitos humanos disseram que se os testes de DNA comprovarem a inocência de Coleman, a pena de morte receberá um duro golpe nos Estados Unidos. Seria a primeira vez na história jurídica dos Estados Unidos que os testes de DNA exonerariam e reabilitariam um condenado à morte após sua execução. A pena capital foi reimplantada no país em 1976 e, desde então, foram executados mais de mil condenados. Warner se transformou em paladino da oposição ao castigo quando, em novembro passado, outorgou clemência a Robin Lovitt, cuja execução deveria ser a de número mil desde que a Suprema Corte restabeleceu a pena capital em 1976. Lovitt foi condenado em 1999 pelo assassinato de um homem durante um assalto, mas Warner declarou que decidiu comutar a pena de morte por prisão perpétua, já que as provas não foram concludentes. O Estado "tem que assegurar que a cada vez que se aplica o castigo final, este tem que ser justo", assinalou Warner. No mês passado, Warner perdoou dois homens que cumpriram penas de 20 e 11 anos de prisão por estupro. Testes de DNA ordenados por Warner, que estavam depositados em um laboratório do Estado demonstraram que os dois foram condenados por engano.

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