A colisão que matou a princesa Diana foi uma cena horrível de barulho de breques, partes de carro voando e uma explosão como de uma bomba, de acordo com as lembranças de Mohamed Medjahdi, relatadas hoje pelo semanário francês Paris Match e o tablóide inglês Daily Mirror. Medjahdi estava dirigindo o carro à frente do Mercedes que levava Diana, minutos antes da batida no túnel sob a Pont de l?Alma, em Paris, no dia 31 de agosto de 1997. O francês, do subúrbio parisiense do Val d?Oise, que aproveitava a noite do fim de semana com a namorada, Souad, apertados num Citroën compacto, ouvindo rap na altura máxima, mal teve tempo de acelerar antes que a colisão ocorresse. A princesa Diana, seu namorado Dodi Fayed e o motorista Henri Paul foram mortos na colisão, que o tribunal francês considerou uma acidente causado pela velocidade imprimida ao carro por Paul, que estaria alcoolizado. Medjahdi disse que o Mercedes estava andando tão rápido que foi obrigado a acelerar para não ser pego por ele. ?Ouvi o terrível barulho dos breques e os pneus cantando no asfalto e vi um carro grande derrapar, fora de controle, pela avenida atrás de mim, e arremessar-se contra meu carro. Vi uma parte do carro sair voando? ele contou aos jornalistas. Medjahdi disse, também, que ouviu uma enorme explosão e viu a limousine saltar sobre um pilar de concreto do túnel. ?Foi um barulho medonho, como uma bomba explodindo, aumentado e ecoando pela passagem subterrânea?, explicou. Algumas pessoas acreditam que Diana foi vítima de uma conspiração, preparada pela família real e serviço de inteligência. Medjahdi não acha. ?Uma conspiração assim teria de ser executada por homens invisíveis?, disse aos jornais. ?Estou absolutamente convencido, claro e certo de que foi um acidente.? A reportagem dos dois jornais sai no momento em que a Inglaterra revive o caso. Na semana passada, o legista da corte inglesa abriu o primeiro inquérito formal do país para apurar as mortes e pediu à polícia que investigue uma quantidade de teorias conspiratórias que se espalharam pela Inglaterra. Na reportagem do Paris Match, o ex- ministro francês do Interior, Jean-Pierre Chevenement, diz que teve a esperança de que a princesa sobrevivesse, imediatamente após o acidente. ?Ela estava em coma, mas ainda viva?, disse Chevenement, que já estava no hospital quando a ambulância com Diana chegou. ?Seu rosto estava intacto. Não estava nem um pouco desfigurada. Na hora, não imaginei que fosse tão sério e que ela morreria algumas horas depois.? A polícia francesa diz que não pode confirmar se Mohamed Medjahdi realmente testemunhou o desastre ou se foi interrogado pelos investigadores, como dizem o Paris Match e Daily Mirror. Segundo seu porta-voz, não faz parte de sua política revelar os nomes de testemunhas. As tentativas da The Associated Press de falar com Medjahdi por telefone também não obtiveram resposta.