Timor começa a julgar acusados de atentado contra Horta

Todo o processo deve durar algumas semanas e mobiliza um grande aparato de segurança

PUBLICIDADE

Por Efe
Atualização:

O julgamento dos 28 ex-militares e civis supostamente envolvidos nos ataques contra o presidente do Timor Leste, José Ramos Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, começou na manhã desta segunda-feira, 13 (hora local), em Díli capital de Timor Oriental. Os acusados foram transportados em caminhões ao tribunal, desde a prisão, em Díli, sob fortes medidas de segurança.

 

Veja também:

O grupo - formado por civis e desertores do exército local - são acusados de planejar e executar os ataques que, em 11 de fevereiro de 2008, deixou o presidente Horta gravemente ferido por três tiros. Ele se recuperou após passar por quatro cirurgias em um hospital da Austrália. Xanana Gusmão escapou ileso do atentado.

 

Os ataques contra Ramos Horta e Gusmão aconteceram depois de quase dois anos de tensão entre o governo e os militares, depois de o presidente ter expulsado da corporação um total de 599 militares rebeldes, encabeçados pelo ex-comandante Alfredo Reinado. Os rebeldes, a maioria da região oeste do país, reclamavam de discriminação pelos seus líderes do leste, e se uniram numa onda de protestos.

 

Reinado morreu no próprio atentado contra o presidente, baleado por um dos homens que faziam a segurança de Horta. Austrália e Nova Zelândia lideram, junto à ONU, a força multinacional de paz criada depois da onda de violência iniciada em meados de 2006, com a revolta encabeçada por Reinado, e que causou 37 mortes e mais de 100 mil pessoas que deixaram suas casas, por medo.

Publicidade

 

O Timor Leste conquistou a independência em 2002, depois de 24 anos de ocupação da Indonésia no país, que atualmente tem menos de um milhão de habitantes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.