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Timor Leste: ato lembra massacre de Santa Cruz

Evento foi utilizado pela Igreja Católica para pedir paz no país

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais de três mil jovens timorenses participaram neste domingo de um ato que lembra o 15º aniversário do massacre de Santa Cruz. O evento foi usado pela Igreja Católica para pedir o fim da violência que afetou o Timor Leste durante os últimos sete meses. O bispo de Díli, Alberto Ricardo da Silva, manifestou durante uma missa celebrada na igreja de Motael que a violência deve acabar para que o povo timorense possa viver em paz e tranqüilamente. "É hora de refletirmos de forma mais profunda sobre o que aconteceu durante os últimos meses, levando o país a uma crise não só política e social, mas também moral", destacou o bispo. Por sua parte, o coordenador do ato que lembrou o massacre de Santa Cruz, João da Silva, solicitou ao povo timorense que volte a se unir para poder viver como uma nação. Em 12 de novembro de 1991, 271 pessoas morreram, 382 ficaram feridas e 250 desapareceram, quando o Exército da Indonésia abriu fogo contra a multidão que acompanhava o funeral de um líder independentista ao cemitério de Santa Cruz, em Díli. A maior parte das pessoas que foram ao cemitério era de estudantes contrários à ocupação indonésia (1975-1999), que carregavam fotos do então chefe da resistência, Xanana Gusmão, hoje presidente do país. O Timor Leste conta com uma população formada por 924.642 habitantes, dos quais 44% possuem menos de 15 anos, segundo dados da Missão Integrada do Timor Leste.

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