Timor Leste pede missão internacional com 800 policiais

Para Ramos Horta, primeiro-ministro timorense, a missão da força internacional deve durar dois anos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, disse, nesta quinta-feira, que o Timor Leste vai solicitar a presença de um efetivo de mais 800 policiais internacionais para garantir a segurança do país, que ainda se recupera da onda de violência de maio. Ramos Horta, que se encontra na Malásia para participar da conferência sobre segurança dos países da Ásia e do Pacífico, disse em entrevista coletiva que espera ver as Nações Unidas aprovarem em breve uma força internacional com uma missão de dois anos de duração. "Vai levar muito tempo até reorganizarmos nossa Polícia", disse Ramos Horta, pedindo à comunidade internacional que permaneça no país o maior tempo possível. Para ele, a força policial civil precisará ser reforçada por um contingente militar de boinas azuis, a fim de prevenir novos focos de violência como o de maio. "O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou o envio da força policial, mas deve decidir ainda se envia uma força militar permanente", comentou Ramos Horta. O chanceler australiano, Alexander Downer, também presente na conferência, avaliou que o pedido de 800 policiais é um exagero. Mas manteve a disposição da Austrália de contribuir com a força. A Austrália faz parte das forças internacionais de paz que foram ao Timor Leste para restaurar a ordem após a explosão da violência em maio, que deixou a jovem nação à beira da guerra civil. Ramos Horta é um dos participantes da conferência de segurança dos países da região Ásia-Pacífico que será realizada nesta sexta-feira em Kuala Lumpur.

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