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Timor: protestos continuam e Governo tenta se reunir

Crise começou após a expulsão, em março, de cerca de 600 militares

Por Agencia Estado
Atualização:

Os protestos na capital do Timor Leste, Díli, continuam ocorrendo neste domingo enquanto o comitê central da Frente Revolucionária para a Libertação do Timor (Fretilin), o partido no Governo, tenta se reunir para decidir o futuro do primeiro-ministro, Mari Alkatiri, informou a agência australiana de notícias "AAP". Alkatiri - a quem o presidente do país, Xanana Gusmão, pediu que renunciasse por ter sido acusado de estar por trás da onda de violência que afeta a capital há semanas - a princípio se negou a deixar o cargo, embora posteriormente tenha manifestado sua disposição a deixar o Governo. O primeiro-ministro disse que o partido terá que analisar a situação e tomar decisões, e acrescentou que sua possível substituta no cargo é Ana Pessoa, atualmente ministra de Estado. O comitê central do Fretilin não conseguiu se reunir neste sábado, pois milhares de manifestantes que se reuniram no centro de Díli impediram grande parte dos membros do comitê, assim como o primeiro-ministro, de chegar à sede do partido. A crise vivida atualmente pelo Timor Leste começou após a expulsão, em março, de cerca de 600 militares, o que provocou confrontos que causaram a morte de cerca 30 pessoas e a fuga de outras 100 mil. A crise timorense exigiu a intervenção de forças da Austrália, da Malásia, de Portugal e da Nova Zelândia com a missão de frear os violentos enfrentamentos registrados diariamente em Díli entre grupos oriundos das regiões leste e oeste do país.

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