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Timor terá eleição histórica nesta quinta-feira

Por Agencia Estado
Atualização:

Timor Leste vai eleger nesta quinta-feira a Assembléia Constituinte, composta por 88 membros: 13 representam cada um dos distritos de Timor Leste e as 75 cadeiras restantes serão distribuídas entre os candidatos nacionais vencedores. Para as eleições, 16 partidos se inscreveram, assim como 5 candidatos independentes. No total, os partidos apresentaram 968 candidatos. A Assembléia terá 90 dias para redigir e adotar uma Constituição para o Timor Leste independente e democrático. A Constituinte determinará o tipo de sistema político que será posto em prática. A adoção de uma Constituição necessita do voto de pelo menos 60 dos 88 membros. Têm o direito de voto as pessoas com 17 anos ou mais, nascidas em Timor Leste ou com pelo menos um dos países naturais do território ou casados com pessoas que cumpram uma dessas condições. Segundo os dados da Unidade de Registro Civil das Nações Unidas, a população atual de Timor é de 737.811 pessoas, das quais 405 mil estão inscritas para votar. Cerca de 15 mil ficaram fora das listas, mas poderão votar desde que comprovem o preenchimento das condições legais. A contagem será manual e os primeiros resultados serão divulgados cinco ou seis dias após a eleição. O resultado oficial será proclamado dia 10 e a posse da nova Assembléia Constituinte está prevista para o dia 14. Os 820 funcionários internacionais das Nações Unidas em Timor Leste receberam recomendação para ficar em casa no dia das eleições. A data é feriado em todo o território e a ONU considera que o processo eleitoral diz respeito essencialmente aos timorenses. Os estrangeiros que não tiverem participação como observadores ou jornalistas, devem manter-se afastados. Os cerca de 190 brasileiros que vivem no Timor não receberam instrução especial para o dia das eleições. "Não há necessidade, está tudo calmo", afirmou o representante do Brasil, embaixador Kiwal de Oliveira. "Estive com Sérgio Vieira de Mello, que me assegurou que tudo está perfeitamente sob controle. As coisas devem correr bem. O próprio Sérgio está perfeitamente tranqüilo", contou o embaixador. Oficialmente não há uma embaixada do Brasil, mas uma Representação Diplomática, porque o Timor ainda não é um país independente. Mas o primeiro representante do Brasil no Timor, Kiwal de Oliveira, é tratado por todos de embaixador, assim como seus colegas de outras nacionalidades.

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