'Tintim no Congo' vai a julgamento acusada de racismo no país africano

Editora afirma que história em quadrinho deve ser interpretada como registro da década de 1930

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Atualização:

BRUXELAS - A história em quadrinhos "Tintim no Congo", criada pelo cartunista belga Hergé, vai a julgamento em Bruxelas nesta sexta-feira, 30, após um cidadão congolês pedir sua retirada do mercado por supostos conteúdos racistas.

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O requerente, Bienvenu Mbutu Mondondo, decidiu pedir a proibição dos quadrinhos por considerá-los "ofensivos" aos congoleses, afirmando que seu conteúdo faz "propaganda da colonização".

Por sua vez, a editora Casterman e os responsáveis pelos direitos de "Tintim no Congo" argumentaram que a história aborda uma ficção, escrita há mais de 70 anos, e deve ser interpretada como um registro daquela época.

Além da Bélgica, a obra já despertou polêmica em países como Reino Unido, França, Suécia e Estados Unidos, onde diversos órgãos e autoridades públicas solicitaram sua retirada do mercado.

Georges Prosper Rémi, mais conhecido como Hergé, escreveu "Tintim no Congo" em 1930 para narrar as aventuras do célebre jornalista em sua viagem à antiga colônia belga.

 

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