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´Tiroteio chocou a cidade´, diz professor brasileiro

Um tiroteio deixou pelo menos 30 mortos em universidade nos Estados Unidos

Por Agencia Estado
Atualização:

O tiroteio que deixou mais de 30 mortos na universidade Virginia Tech nesta segunda-feira, 16, nos Estados Unidos, chocou toda a comunidade de freqüentadores do campus, que fica na cidade de Blacksburg. Entre eles está o professor brasileiro de engenharia elétrica Luiz Antonio Silva, de 42 anos, que falou ao estadão.com.br "Este acontecimento foi chocante e inesperado para a cidade", disse o professor, que não pode dar mais informações por ordens da diretoria da faculdade. O professor disse que não tem nenhuma informação sobre as vítimas ou sobre o motivo do tiroteio e afirmou que a reitoria da universidade já estava cuidando do assunto. No entanto, Silva afirmou que um ato como este era inesperado em uma "cidade calma" como Blacksburg. "Eu estava no meu escritório, fora da universidade, quando o tiroteio aconteceu, por isso não presenciei a cena", afirmou Silva. Segundo ele, as aulas estão suspensas nos próximos dois dias e não há previsão confirmada para retorno. "Pessoalmente, fiquei muito chocado, mas não tenho mais informações", acrescentou o professor. Segundo a diretora de Relações Públicas da universidade, Elizabeth Flaminngam, uma entrevista coletiva estava marcada para 16h30 (horário local). "A universidade disponibilizará mais informações apenas durante a entrevista", disse Flaminngam. Depoimentos Em depoimento à CNN, o estudante da Virginia Tech, Jamal Albarghouti disse que presenciou o tiroteio. "A primeira coisa que vi foi um policial com a arma na mão e percebi que era sério", contou o jovem. "De repente, comecei a escutar barulho de tiros bem de longe. Os policiais tentaram entrar no Norris Hall usando uma bomba e havia um refém lá dentro avisando que o responsável pelos ataques estava lá", acrescentou. Um outra estudante, chamada Kristen Heiser disse que estava no meio da aula quando o tiroteio aconteceu. "Vimos pela janela um garoto correndo com uma arma e ficamos assustados, pois isso não acontece por aqui", contou Heiser. "Depois entramos na internet e ficamos sabendo do tiroteio". Já o jovem Matt Waldron, também estudante da universidade disse estava na universidade quando aconteceu o tiroteio. "Eu vi um garoto e uma garota correndo em minha direção, pedindo para que eu fugisse. O rapaz quebrou o tornozelo. Em seguida, vimos os policiais gritando. Foi assustador." Enquanto isso, a Laura Spaventa também estava no campus, tendo aula no Shanks Hall. "Estávamos usando o computador quando chegou uma mensagem por e-mail dizendo que ocorreu um tiroteio no campus e que as aulas foram canceladas. Em seguida, escutamos cinco tiros e todos foram para debaixo das carteiras, longe das janelas."

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