Tiroteio em hospital mexicano deixa três mortos

De acordo com a polícia, outras 10 pessoas foram mortas em outras partes do país

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Por Agencia Estado
Atualização:

Dois policiais foram assassinados na quarta-feira, 18, por um comando de homens armados que invadiu um hospital da cidade mexicana de Tijuana, na fronteira com os Estados Unidos. Aparentemente eles queriam resgatar um cúmplice ferido em um tiroteio em que morreu outro delinqüente, informaram fontes oficiais. Foi mais um dia de violência no México. Em outros pontos do país foram assassinadas nas últimas horas pelo menos 10 pessoas, aparentemente em ações relacionadas com o crime organizado. Soldados e policiais conseguiram recuperar, após cinco horas, o controle do Hospital Geral de Tijuana. Eles detiveram dois invasores. Mas testemunhas dizem que o comando armado era formado por oito homens, que aparentemente fugiram no meio da confusão, quando foram retiradas mais de 400 pessoas. O promotor do estado de Baja Califórnia, Antonio Martínez Luna, disse que no tiroteio no hospital morreram um segurança e um policial. O terceiro morto foi um criminoso. Outras versões afirmam que os atacantes queriam matar um membro de uma quadrilha rival que estava internado. Os detidos ficaram em poder da Subprocuradoria de Investigação do Crime Organizado. Segundo as autoridades, o conflito começou quando policiais tentaram parar um grupo de homens armados que viajava em dois carros. Começou então um tiroteio, no qual morreu um criminoso e outro ficou ferido. Uma ambulância da Cruz Vermelha levou o ferido ao Hospital Geral de Tijuana, que depois foi invadido pelo comando armado. Tijuana é uma das cidades disputadas por quadrilhas do narcotráfico e centro de operação do cartaz mafioso dos irmãos Arellano Félix. A violência esta semana já soma mais de 30 mortes, 20 delas entre domingo e segunda-feira. Na terça-feira, o presidente mexicano, Felipe Calderón, enviou uma mensagem de advertência ao crime organizado. Ele prometeu endurecer o combate à criminalidade. Calderón, que assumiu o poder em 1 de dezembro, lançou mão do Exército para postar forças combinadas de militares e policiais em diversas partes do país, entre elas Tijuana, para combater o crime organizado. Chegam a mais de 800 os mortos pelo crime organizado este ano, segundo fontes jornalísticas.

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