Tiroteio em universidade deixa ao menos 32 mortos nos EUA

Outras 21 pessoas ficaram feridas; ainda não foram descobertos os motivos do incidente, o pior em um campus desde 1966, quando 15 foram mortos, no Texas

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Ao menos 32 pessoas morreram nesta segunda-feira, 16, no maior tiroteio já registrado em uma universidade americana. O incidente, que aconteceu no campus da Virginia Tech, no estado da Virgínia, deixou outros 21 feridos. Entre os mortos está o autor dos disparos, mas ainda não se sabe se ele foi atingido pela polícia ou se suicidou-se. "Hoje a universidade foi a atingida com uma tragédia que consideramos de proporções monumentais", afirmou o presidente da instituição, Charles Steger. "Todo o corpo universitário está chocado e horrorizado." Um dos estudantes foi morto em um dormitório, e os outros foram assassinados na sala de aula, informou o chefe de polícia da universidade, W.R. Flinchum. Segundo informações preliminares, o tiroteio aconteceu em duas etapas, em lados opostos do campus de mil hectares. O incidente começou por volta das 7h15 (horário local), em um condomínio estudantil que tem capacidade para 895 pessoas. O último disparo foi dado cerca de duas horas depois, no salão da faculdade de engenharia, onde o assassino teria sido morto pela polícia. O nome do atirador não foi divulgado, e não se sabe se ele era aluno da universidade. A maioria das vítimas era de estudantes. Após o tiroteio, as aulas foram suspensas e todas as entradas do campus foram fechadas até a terça-feira, 17. A universidade disponibilizou um centro de emergência para que os familiares consigam informações sobre seus filhos. Aimee Kanode afirmou que ouviu tiros vindos do 4º andar do prédio de dormitórios, um andar acima do seu. Um dos monitores do local o alertou para que não saísse do quarto. "Eles nos trancaram nos quartos", afirmou Kanode. "Estávamos todos conectados à internet tentando descobrir o que aconteceu", disse o estudante. Esta é a segunda vez em menos de um ano que o campus é fechado devido a um tiroteio. Em agosto de 2006, o primeiro dia de aula foi cancelado quando um fugitivo da polícia matou um segurança do hospital universitário. O tiroteio é um dos piores crimes do tipo no campus de uma universidade nos EUA desde que Charles Whitman abriu fogo do alto de uma torre no meio do campus da Universidade do Texas, em Austin, no dia 1º de agosto de 1966. Whitman matou 15 pessoas, incluindo sua mãe e mulher na noite anterior, e deixou outras 31 pessoas feridas. Matéria ampliada às 14h57 para acréscimo de informações

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.