Tony Blair denuncia antiamericanismo na Europa

Após meses de severas críticas por seu alinhamento ideológico com os EUA, ele persiste, e afirma que "temos necessidade que ele (EUA) esteja envolvido

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

"A tendência a, francamente, um sentimento antiamericano em certos setores da política européia é uma loucura, comparada aos interesses a longo prazo do mundo no qual acreditamos", escreveu o premiê britânico, Tony Blair, em uma brochura que reúne três discursos feitos neste ano e publicados, nesta quinta-feira, pelo Centro de Políticas Externas. As informações são do jornal Le Monde. Neste documento intitulado Uma aliança mundial pelos valores mundiais, ele afirma que "o perigo da América hoje em dia não é o seu envolvimento. O perigo será se ela decidir relevar as diferenças e se desengajar". Após meses de severas críticas por seu alinhamento ideológico com a administração dos EUA, ele persiste, e afirma que "temos necessidade que ele (EUA) esteja envolvido. A realidade é que alguns dos nossos problemas urgentes não podem ser resolvidos, ou mesmo previstos, sem ele". "Erros foram cometidos" no Iraque O premiê britânico justifica mais uma vez a intervenção militar no Iraque, mesmo admitindo que "erros foram cometidos do nosso lado" e demanda um "renascimento" da estratégia da "guerra global contra o terror", promovida pelo presidente americano, George W. Bush. "Nós não ganharemos a batalha contra o extremismo mundial a menos que ganhemos na escala de valores no mesmo nível que pela força". Tony Blair, que deve deixar o cargo de premiê em até um ano, pede pela criação de uma "aliança de moderação que permita um futuro em que muçulmanos, judeus, cristãos, árabes e ocidentais, as nações ricas e aquelas em desenvolvimento possam progredir em paz e harmonia entre todos". Ele se fixa em "uma prioridade absoluta", de progredir no processo de paz entre Israel e os palestinos. "Uma, talvez a fonte autêntica de cólera no mundo árabe e muçulmano". Ele acredita que "devemos, sem cessar, vigorosamente, criar um governo palestino viável sobre seus próprios pés[...]. Nada é mais importante para o sucesso de nossa política externa".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.