O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, rompeu na terça-feira o silêncio que vinha mantendo sobre o enforcamento do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, descrevendo o modo como a execução ocorreu como "inaceitável" e "errado". Outros ministros do governo inglês condenaram publicamente a maneira como Saddam foi enforcado, mas Blair não havia comentado o assunto publicamente até agora, apesar das pressões crescentes. Imagens não oficiais de vídeo publicadas na Internet mostraram vários homens zombando de Saddam, enquanto carrascos usando capuzes pretos colocavam a corda em volta de seu pescoço. "Como todos viram, a maneira da execução foi inaceitável e errada, mas não devemos permitir que isso nos leve a esquecer as vítimas de Saddam, as pessoas que ele matou de propósito", disse Blair durante coletiva de imprensa concedida em conjunto com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe. Visão semelhante à do presidente Bush, que espera que especulações acerca da execução de Saddam não "nos seguem perante os crimes que ele cometeu contra seu próprio povo".