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Toque de recolher é imposto no Iraque para evitar ataques

Cidades santas de Najaf e Kufa, no sul do país, terão alerta depois da morte de mais de 200 militantes xiitas durante festividade da Ashura, no domingo

Por Agencia Estado
Atualização:

As autoridades iraquianas impuseram o toque de recolher nesta sexta-feira nas cidades santas de Najaf e Kufa, ao sul de Bagdá, para evitar possíveis ataques de grupos armados, segundo fontes oficiais. "A Administração provincial decidiu estender o toque de recolher a Najaf e seus arredores (o que inclui Kufa) indefinidamente após receber informações de que grupos armados estão preparando ataques contra a cidade", disse o porta-voz. Tais medidas são tomadas depois da morte de mais de 200 militantes xiitas na área de Zarqa, no domingo, em choques contra as forças iraquianas, coincidindo com a festividade xiita da Ashura. Segundo a versão oficial, os milicianos pertenciam ao até então desconhecido grupo Soldados do Céu, que estava planejando lançar um ataque contra Najaf, centro de poder do clero xiita e onde reside a máxima autoridade deste credo no Iraque, o aiatolá Ali Sistani. Outros 600 milicianos foram detidos nos confrontos e vários veículos e armamentos foram confiscados. O Comitê de Ulemás Muçulmanos, máxima autoridade sunita no Iraque, pediu ontem à noite uma investigação internacional independente do que definiu como "um massacre perpetrado pelas tropas iraquianas e americanas contra uma tribo xiita oposta ao Governo". O Comitê assegurou que não existe nenhum grupo denominado Soldados do Céu e insistiu em que o que ocorreu em Zarqa é uma mostra de que o Governo tem em sua mira todos os grupos xiitas que não apóiam sua polítia. O Comitê também afirmou que o número real de vítimas excede o anunciado pelas autoridades e destaca que entre os mortos há crianças, mulheres e idosos.

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