Os ministros de Relações Exteriores sul-coreano, Song Min-soon, e japonês, Taro Aso, iniciaram neste sábado uma reunião na ilha de Jeju, na Coréia do Sul, para discutir a desnuclearização norte-coreana, tendo a polêmica das escravas sexuais como cenário de fundo. Segundo o Ministério sul-coreano, Song pretende discutir a situação da crise nuclear após o acordo de 13 de fevereiro, pelo qual a Coréia do Norte se comprometeu a encerrar seu programa atômico em troca de ajudas internacionais. O processo de desnuclearização se encontra estagnado devido ao problema técnico da liberação de fundos norte-coreanos no Banco Delta Asia (BDA), que foram congelados durante 15 meses pelos Estados Unidos. No encontro, com duração prevista de dois dias, o chefe da diplomacia sul-coreana pedirá prudência nas discussões sobre a polêmica das escravas sexuais usadas pelo Exército imperial japonês durante a Segunda Guerra Mundial. O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, tem apresentado dúvidas sobre a relação oficial de seu país com os bordéis militares. Outro tema em debate será o uso de livros escolares no Japão reivindicando a soberania japonesa sobre as ilhas de Dokdo (Takeshima, em japonês). Song também deve negociar a agenda de uma possível visita a Tóquio do presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun, ainda este ano. É o primeiro encontro na Coréia do Sul entre os dois ministros desde que Song assumiu seu cargo, no fim do ano passado. Em dezembro, ele esteve em Tóquio.