28 de janeiro de 2010 | 10h52
O ministro previu que, caso as condições climáticas permitam, o número de pessoas retiradas hoje da zona isolada pode chegar a 800 ou mesmo mil pessoas. A zona está isolada por via terrestre, após fortes chuvas interromperem a ligação ferroviária, única opção geralmente disponível para os turistas.
Pérez informou, segundo o "El Comercio", que chegaram mais dois helicópteros para ajudar na retirada, elevando o total dessas aeronaves para 13. Ontem, em nota, o Itamaraty afirmou que havia "cerca de 180 brasileiros" isolados na área, no sul do Peru.
O ministro peruano disse que dos 1.900 turistas que estavam inicialmente presos, restam agora 800. Essa cifra, porém, deve subir com a chegada de 670 turistas que ficaram presos no chamado Caminho Inca, que leva a Machu Picchu, em dias anteriores. Pérez afirmou ainda que estão sendo levados nos helicópteros mantimentos para as pessoas presas. Segundo ele, "todos os helicópteros saem com água e comida e retornam com passageiros".
Suborno
Pelo menos sete pessoas morreram por causa das fortes chuvas no Peru. Somente na região de Cuzco, o governo peruano já confirmou cinco mortes. Um turista chileno, Fernando Celis, afirmou no início da semana ao jornal "El Mercurio" que alguns turistas estavam subornando guias, para que deixassem primeiro o local.
O primeiro-ministro peruano, Javier Velásquez Quesquén, rechaçou ontem que haja qualquer preferência. Segundo ele, apenas estão sendo retirados primeiros idosos, crianças e mulheres, sejam peruanos ou estrangeiros.
Uma turista argentina, Adriana Spina, afirmou ontem ao "El Comercio" que a situação no local é crítica. "Estamos desde a quinta-feira (passada) sem comida, só nos dão água, estamos desesperados", disse. "Tudo subiu de preço e (meu marido) já não tem dinheiro, porque não funciona o cartão de crédito", relatou ela, que já deixou o local, onde seu marido permanecia.
Machu Picchu é um dos destinos turísticos mais populares na América Latina. O local recebe mais de 400 mil visitantes por ano. A fortaleza inca do século 15 está localizada em uma alta montanha, a 70 quilômetros de Cuzco. A ferrovia que transporta os turistas ao local está coberta de lama.
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