Tradutora diz que FBI sabia da ameaça da Al-Qaeda em 2001

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Por Agencia Estado
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Uma tradutora que trabalhou para o FBI assegurou ter manuseado documentos, escritos meses antes dos ataques de 11 de setembro de 2001, que indicavam a possibilidade de a rede terrorista Al-Qaeda cometer atentados nos EUA utilizando aviões. As declarações da tradutora Sibel Edmonds foram publicadas pelo jornal britânico The Independent. Sibel qualificou como "mentiras revoltantes" as afirmações da conselheira de Segurança Nacional da Casa Branca, Condoleezza Rice, de que a administração de George W. Bush não tinha informações, antes do 11 de setembro, de que um ataque era iminente. "Dei detalhes específicos (à comissão bipartidária que investiga os atentados) sobre os documentos da investigação (do FBI), sobre datas específicas e sobre os encarregados da apuração", declarou a tradutora ao jornal. Sibel depôs para a comissão em fevereiro. As acusações da tradutora - uma americana de origem turca de 33 anos, que fala azerbaijano, farsi, turco e inglês - reabrem a controvérsia sobre se a administração Bush ignorou as advertências sobre a Al-Qaeda. A polêmica ganhou força recentemente com as declarações de Richard Clarke, ex-encarregado de contraterrorismo do Conselho de Segurança Nacional, segundo as quais a Casa Branca negligenciou a ameaça representada pelos grupos radicais islâmicos.

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