Trégua entre regime e facções rebeldes entra em vigor na Síria
Cessar-fogo foi precedido de um intenso bombardeio aéreo e de artilharia de combatentes leais ao presidente, Bashar Assad, contra a região de Ghouta Oriental, principal reduto dos rebeldes nos arredores de Damasco
Por Redação
Atualização:
CAIRO - A trégua entre o regime da Síria e a oposição armada começou a valer nesta quinta-feira, 29, - sexta-feira, no horário local. O cessar-fogo foi pactuado pela Rússia e pela Turquia e aceito tanto pelo Comando-geral do Exército e pelas Forças Armadas da Síria, como pelas facções rebeldes sírias.
PUBLICIDADE
Ambas as partes, que deixaram claro que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) não tem qualquer relação com a trégua, diferem, no entanto, na inclusão ou não da Frente da Conquista do Levante (antiga Frente al-Nusra, ex-filial síria da Al Qaeda).
Para as autoridades sírias, a Conquista do Levante, que em várias partes do país luta junto a outras facções rebeldes, está excluída do pacto. No entanto, para a oposição armada, todo território no qual elas estão presentes fica emoldurado na cessação de hostilidades.
A trégua foi precedida de um intenso bombardeio aéreo e de artilharia de combatentes leais ao presidente, Bashar Assad, contra a região de Ghouta Oriental, principal reduto dos rebeldes nos arredores de Damasco, que deixou pelo menos 23 mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Além disso, ao longo do dia, vários bombas caíram em bairros do centro de Damasco, entre eles na região onde se encontra a embaixada russa.
Horas antes do começo da cessação das hostilidades, o ministro de Relações Exteriores sírio, Walid Muallem, afirmou em entrevista à televisão estatal que o acordo é "uma oportunidade real de alcançar uma solução política ao conflito" em seu país.
Veja como era a cidade síria de Alepo antes da guerra
1 / 8Veja como era a cidade síria de Alepo antes da guerra
Veja como era a cidade síria de Alepo antes da guerra
Alepo, no norte da Síria, era a segunda maior cidade do país antes de ser destruída pela guerra civil que já dura quase 6 anos no país. Em 2006, ano d... Foto: REUTERS/ Khaled al-HaririMais
Veja como era a cidade síria de Alepo antes da guerra
Com a fama de ser parte da rota da seda e ter prosperidade cosmopolita, Alepo também era considerada uma das capitais da culinária no Oriente Médio. N... Foto: REUTERS/Khaled al-HaririMais
Veja como era a cidade síria de Alepo antes da guerra
Turistas caminham na entrada da Cidadela de Alepo, em junho de 2010. O palácio medieval fortificado faz parte da Cidade Antiga de Alepo, que foi class... Foto: REUTERS/Khaled al-HaririMais
Veja como era a cidade síria de Alepo antes da guerra
Visitantes caminham na Grande Mesquita de Alepo, na parte histórica da cidade, em abril de 2007. Por contar muitas construções consideradas joias arqu... Foto: Yasser Tabbaa via The New York TimesMais
Veja como era a cidade síria de Alepo antes da guerra
Trabalhadores protegem, em fevereiro de 2007, com um plástico o mosaico no solo de aproximadamente 50 metros quadrados - o maior descoberto no país at... Foto: REUTERS/Khaled al-HaririMais
Veja como era a cidade síria de Alepo antes da guerra
Imagem de 2006 mostra parte da fachada do histórico hotel Baron, em Alepo, o mais antigo do país e da região, mas que foi fechado em 2014 em razão dos... Foto: REUTERS/Malika BrownMais
Veja como era a cidade síria de Alepo antes da guerra
Turistas passam por loja de 'bugigangas' no distrito de Jdeideh, em Alepo, em junho de 2010 Foto: REUTERS/Khaled al-Hariri
Veja como era a cidade síria de Alepo antes da guerra
Homens e mulheres sírios fazem compras no local que abrigava o principal mercado de Alepo, em 2010 Foto: REUTERS/Khaled al-Hariri
Al Moualem destacou que esta oportunidade pode "pôr fim ao derramamento de sangue na Síria e encontrar um futuro para o país".
Publicidade
O ministro sírio insistiu que o EI e a Frente da Conquista do Levante não estão incluídos no acordo, razão pela qual o Exército seguirá lutando contra eles.
A cessação de hostilidades tem como objetivo preparar o caminho para uma nova rodada de negociações, prevista para o fim de janeiro em Astana, capital do Casaquistão. / EFE