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Trégua não impede violência no Oriente Médio

Por Agencia Estado
Atualização:

Incidentes isolados de violência na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocorridos hoje mantiveram as incertezas com relação ao início de um período de uma semana de trégua, que deveria servir como teste para a retomada do processo de paz. Um grupo de palestinos disparou contra um veículo do Exército insraelense, próximo da comunidade de Beit Rima, ao norte de Ramalah, informaram fontes militares. Os soldados responderam ao ataque. Os confrontos não deixaram feridos. Os palestinos culparam as restrições israelenses contra o deslocamento na região pela morte de uma mulher palestina, vítima de um ataque cardíaco, quando entrava em Israel no sul da Faixa de Gaza na quinta-feira, vinda do Egito. A trégua istaelense-palestina foi negociada pelo diretor da Agência Central de inteligência (CIA), George Tenet, e estava prevista para entrar em vigor em 13 de junho. Entretanto, sete israelenses e oito palestinos já morreram desde então. Após encontros com o líder palestino Yasser Arafat e com o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, o secretário norte-americano de Estado, Colin Powell, disse que as partes haviam concordado em uma agenda para retomar as conversações de paz. Ele acrescentou que sete dias sem violência poderiam servir para restaurar a confiança mútua. Em Lisboa, o líder palestino Yasser Arafat e chanceler israelense Shimon Peres debateram a situação no Oriente Médio durante mais de duas horas, acertando as bases para conversações diretas entre ambos os lados, informaram fontes oficiais hoje. Os dois dirigentes reuniram-se em um "clima bom", na noite de ontem na residência do primeiro-ministro português, Antonio Guterres. "Foi uma boa reunião", afirmou Peres a jornalistas. Arafat, por sua vez, qualificou Peres de "sócio para a paz". O líder palestino voltou a propor o envio de observadores internacionais às zonas de conflito para supervisionar o cessar-fogo mediado por George Tenet.

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