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Trem com corpos de vítimas do voo MH17 chega a Kharkiv

Restos mortais serão levados da cidade sob controle do governo ucraniano para a Holanda

Atualização:

KHARKIV - Um trem levando os corpos das vítimas da queda do avião da Malásia no leste da Ucrânia, que segundo os EUA foi derrubado em território sob controle dos separatistas, chegou à cidade de Kharkiv, sob controle do governo, nesta terça-feira, 22, disse uma testemunha à Reuters.

Corpos deverão ser desembarcados em Kharkiv e levados à Holanda em contêineres Foto: REUTERS/Gleb Garanich

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A composição, que inclui cinco vagões refrigerados, entrou lentamente na área de uma indústria armamentista em Kharkiv, onde os corpos deverão ser desembarcados e levados para a Holanda em contêineres trazidos especialmente do país europeu. Um porta-voz da equipe holandesa de peritos forenses em Kharkiv disse que o traslado não deve ocorrer antes da quarta-feira.

A maioria dos 298 mortos era holandesa. O voo Mh17 caiu na quinta-feira 17 na região de Donetsk, perto da fronteira com a Rússia.

Durante a madrugada, os separatistas pró-Rússia entregaram a peritos malaios as duas caixas-pretas do avião.

O comboio do trem, composto por 16 representantes de Holanda, Malásia e da OSCE, partiu da cidade de Torez, perto de onde caiu o Boeing 777 da Malaysia Airlines, mas foi detido na estação de Donetsk por várias horas para que os separatistas entregassem as duas caixas-pretas do avião a um representante malaio.

"Não viemos aqui para culpar a ninguém. As duas caixas são propriedade da Malásia. À simples vista se pode apreciar que as caixas estão intactas", assegurou à imprensa o chefe da delegação do país asiático, um coronel do Conselho de Segurança Nacional da Malásia. "Agora temos três tarefas: a repatriação dos corpos, a mudança das caixas-pretas e a devolução dos objetos pessoais aos seus donos."

O autoproclamado primeiro-ministro da República Popular de Donetsk, Aleksandr Borodai, entregou os dois dispositivos durante uma cerimônia oficial realizada na sede do governo separatista na qual as partes assinaram documentos oficiais. /EFE e REUTERS

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