Subiu para 11 o número de alpinistas mortos por uma avalanche ocorrida na sexta-feira no K-2, o segundo pico mais alto do mundo. Ontem, dois alpinistas holandeses - Wilco van Rooijen e Cas Van de Gevel - foram resgatados por um helicóptero do Exército paquistanês. À tarde, o alpinista italiano Marco Confortola foi alcançado por quatro carregadores, que subiram a montanha para ajudá-lo a descer a um ponto onde o helicóptero possa resgatá-lo. Enquanto descia, o italiano disse que, apesar do frio e do cansaço, não pensava em desistir. "É claro que eu vou continuar", disse ele a outros alpinistas por telefone via satélite. As equipes de resgate ainda não sabem quantas pessoas continuam desaparecidas no pico. Os alpinistas isolados estão em uma altitude conhecida como a "Zona da Morte", onde os corpos começam a se degenerar por causa da falta de oxigênio. "No K-2, quando estão desaparecidos, estão mortos", disse o paquistanês Sher Khan, um dos mais experientes montanhistas do país. A catástrofe ocorreu quando um grande bloco de gelo se desprendeu e rompeu as cordas que seguravam parte dos alpinistas, provocando uma avalanche na encosta conhecida como Gargalo de Garrafa, a mais de 8.200 metros de altitude. O K-2 tem 8.611 metros e fica na fronteira entre Paquistão e China. Esta foi a maior catástrofe da história do pico. Segundo o alpinista italiano Reinhold Messner, a montanha não é a mais mortal em termos de número de vítimas, mas estatísticas mostram que os riscos de morrer na descida são maiores do que em outros picos.