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Três japonesas se matam em pacto de suicídio

Os "pactos da morte" dispararam no Japão em 2005, com 34 suicídios coletivos e 91 pessoas mortas

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia de Oume, a oeste de Tóquio, encontrou nesta sexta-feira os corpos de três mulheres, todas com cerca de 20 anos de idade, que, segundo os primeiros indícios, cometeram suicídio ao inalar monóxido de carbono produzido por vários fogareiros acesos dentro de um carro. Segundo a Polícia, tudo indica que se trata de um novo caso de "pacto da morte", um fenômeno freqüente no Japão nos últimos tempos, no qual duas ou mais pessoas decidem se matar juntas. Em declarações, um porta-voz policial explicou que o automóvel, uma caminhonete fechada por dentro, se encontrava numa estrada florestal do distrito de Okutama. Dentro do veículo, junto aos corpos, havia três fogareiros de carvão acesos. Mas a Polícia não se encontrou nenhuma nota que explicasse as causas do suicídio. Na noite de quinta-feira, uma das moças enviou uma mensagem a um amigo, dizendo que pretendia se matar. Ele avisou a família da jovem, que chamou a Polícia. Na madrugada desta sexta-feira, uma patrulha achou a caminhonete, que tinha sido alugada na véspera, com os corpos das três jovens. No dia 15 de junho, o Parlamento japonês aprovou uma lei básica para enfrentar a onda de pactos que faz do Japão o país com a maior taxa de suicídios do mundo industrializado. São 24,1 casos para cada 100 mil pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde. Os pactos costumam ser feitos em grupo e a forma de suicídio mais utilizada é a asfixia por inalação de gases tóxicos. Os suicidas marcam um encontro pela internet, se reúnem, alugam um carro, vedam suas portas e janelas num descampado e acendem fogareiros ou estufas para morrer com o monóxido de carbono. Só em 2005, 32.552 pessoas se mataram no país, 0,7% a mais que em 2004. Os "pactos da morte" dispararam no Japão em 2005, com 34 suicídios coletivos e 91 pessoas mortas, segundo um relatório policial.

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