15 de outubro de 2010 | 09h27
Entre os mineiros liberados está Edison Peña, de 34 anos, que se destacou porque, apesar do forte calor na mina, corria vários quilômetros todos os dias. A emissora estatal mostrou a recepção de Peña ao chegar em sua casa, com dezenas de vizinhos aplaudindo. "Não pensava que ia acontecer tudo isso (o deslizamento), espero que não voltem a ocorrer essas coisas", foram as primeiras palavras dele ao chegar em sua casa. "Eu corria dentro da mina...queria dar uma grande mensagem a todos: se dentro eu posso, fora também." Peña confessou que durante os mais de dois meses no subterrâneo "passamos bem mal". "Acreditava que não ia voltar", disse.
O boliviano Carlos Mamani, único que não é chileno no grupo, foi recebido por uma multidão em sua humilde casa no bairro Padre Negro, periferia da cidade. "Estou feliz, agradecido a toda a gente que está aqui", disse. Mamani lembrou da ansiedade e da "pressão lá embaixo". O terceiro a retornar para casa foi Juan Illanes, também bem recebido, como os companheiros. "As horas foram muito intensas. Agora quero comer uma marraqueta (um pão com um peixe tipo salmão). A pessoa deve sempre manter um bom ânimo", recomendou.
O presidente chileno, Sebastián Piñera, disse que o país não permitirá mais o "trabalho desumano". Os mineiros permaneceram 69 dias presos, em um ambiente de calor e umidade, desde que um deslizamento deixou o grupo isolado, em 5 de agosto na mina San José, 50 quilômetros a leste de Copiapó.
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