03 de dezembro de 2009 | 08h17
Três ministros do gabinete da Somália estavam entre os 14 mortos em um ataque à bomba no país nesta quinta-feira, 3. A violência ocorreu durante uma cerimônia de graduação em uma universidade. Um porta-voz policial, coronel Abdilahi Hassan Barise, disse que os ministros da Educação, Educação Superior e da Saúde estavam entre os mortos.
A cerimônia marcava a graduação de alunos de Medicina, Ciências da Computação e Engenharia e ocorria em um hotel da capital. O ataque gerou novas dúvidas sobre a capacidade de o fraco governo local controlar mesmo a pequena área de Mogadiscio onde atua. Tropas africanas protegendo o governo travam batalhas quase diárias pelo controle de boa parte do centro e do sul do país.
"O que aconteceu hoje é um desastre nacional", afirmou o ministro da Informação, Dahir Mohamud Gelle, confirmando as mortes das autoridades. Os ministros de Esportes e Turismo ficaram feridos. Dos três ministros mortos, um era uma mulher, a titular da Saúde, Qamar Aden Ali. Os outros eram o ministro da Educação Superior, Ibrahim Hassan Adow, e da Educação, Ahmed Abdullahi Wayel.
Um repórter do serviço de rádio do governo somali, Bashir Khalif, informou que dois funcionários da imprensa também morreram na explosão, um repórter de rádio e um câmera. Dois outros jornalistas se feriram com gravidade, segundo ele.
Nenhum grupo até o momento reivindicou o ataque, realizado por um homem disfarçado com roupas de mulher. O principal suspeito é o grupo al-Shabab, que controla boa parte do país e tem vínculos com a Al-Qaeda.
A Somália é um país instável, onde o governo não consegue controlar de fato quase nenhum território. Além disso, a anarquia fez com que a pirataria ganhasse espaço nas águas somalis.
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